Quando o pó da chuva cobrir as chagas
Quando os olhos não se acenderem
Quando o suor do macho
Deixar de se vir em sangue
E as ordens apodrecerem ...
Quando a terra-fêmea
Deixar de ser cavalgada.
De dar à luz nossos filhos.
Quando as perguntas
Ficarem penduradas
Nas sombras dos nossos trilhos.
Quando as garras da garganta
Se enterrarem na terra
E a voz das árvores cair.
Quando as veias de um chicote
Fossilizarem mentiras
E a mão errada se partir.
Quando a máquina do tempo
Respirar este veneno,
E nós despirmos a ferida.
Ficará aberta a estrada
Que nos conduz à entrada
Da natureza perdida?
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