Não bebas tanto, meu filho!
Não bebas como se a vida
Fosse um poema de sangue.
Não enchas tanto esse copo
De dragões e esquecimento.
Não abras esses relógios
Julgando o tempo lá dentro.
Não abras essa garrafa.
Deixa o vinho adocicar.
Quando morreres é Setembro
E os cestos não vão poisar
Vindimas de desespero
Só podem envenenar.
Não entres nessas adegas
Não te vás embriagar.
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